De cara pro papel,
Sem nada a dizer,
Tento ascender qualquer luz
E nenhum pensamento me seduz.
Mas o vício se impõe!
Eu eu falo sobre o vazio,
Sobre a falta,
Sobre nada.
Dia sem sol,
Cama por fazer,
Livro pra ler,
Sonolência,
Tédio,
Demência.
Cenário sem vida,
Sem morte,
Sem tintas,
Sem cores.
Branco, cinza, preto,
Marrom.
Cadê meus amores?
Eu aqui,
Você, do lado de lá.
180 graus a nos separar.
Consegui sentir,enfim!
É uma dor no peito.
Deve ser o desejo,
Que eu não posso realizar.
Previ o que vinha,
O que tinha
E nem sabia.
Não veio!
Agora sinto um negócio estranho.
O medo de perder o desejo,
Deixar de querer.
É que já entendi
Que não vou ter
Nem um pouquinho de você,
Assim, só pra ter certeza
Que não tem nada a ver.
Mas ainda tem outras coisas.
Tem todas as outras pessoas,
Paisagens, perfumes, bocas...
E eu só quero você!
Já me convenceram
Que não vai acontecer.
Mas é que é gente...
Gente muda,
Desiste, insiste!
E se...
Não, não vai dar.
E eu já entendi.
Desviei o assunto.
Era "o nada"...
A falta incomoda!
Agora eu descobri
Que inventei o amor
Do vazio que você me deixou.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
O fim do ano vai chegando e todos aqueles clichês de desejos e festejos. Tudo parece meio repetitivo! Todos aqueles rituais, luzes, euforia... Acho que o ser humano gosta mesmo de sentir a mudança, o novo, ou pelo menos a esperança! Por isso, essas festas são tão celebradas. Eu, pessoalmente, acredito nas forças e energias que movem o mundo, nos mexem e remexem ou esquecem da gente em qualquer lugar. E a Terra completando mais um ciclo de vida inevitavelmente vai se renovar de alguma forma, porém toda mudança causa dor, confusão.
Eu vejo grande turbulência no fim de cada ano. Mas vejo força, vejo intensidade. Vejo que é um aviso para a gente não ficar parado. Parece que os destinos se chocam, as vontades, os quereres, nossos e da natureza que nos agüenta... Mas também, esse tempo pede calma, mostra o caminho.
Nesse momento eu vou mesmo desejar, fazer planos para mim, meus amigos, família. Vou fazer planos pro mundo. Eu quero sentir que algo de bom vem por aí. E por mais que as pessoas digam que é só mais um dia, só mais um ano, eu vou acreditar no novo! Vou sim! Vou pedir mais sorte em oração, vou pedir força, luz, sensibilidade... Vou querer um ano melhor ainda! E quero acreditar que dá.
Que venha 2012 recheado pra mim!
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Melodia
O início dos tempos começa hoje.
Hoje é o primeiro dia
e o dia vai começar com perdão.
Os pecados entrarão em contradição!
As meninas vão acordar dançando,
Os meninos, ao abrirem os olhos,
Sentirão o dia que vem
Lhes puxar pelas mãos
E cantando em uníssono
vão mudar o ritmo da rotação!
As mães seguem parindo
Um irmão, uma melodia, o vinho e o pão...
Os pais deixarão o orgulho de lado
E também vão parir
Um sorriso, um amigo, um verso,
qualquer coisa distante do chão!
Meninos, meninas, pais, mães, irmãos...
Vai todo mundo se sentir como notas,
Unidas na melodia
Da mesma canção!
Hoje é o primeiro dia
e o dia vai começar com perdão.
Os pecados entrarão em contradição!
As meninas vão acordar dançando,
Os meninos, ao abrirem os olhos,
Sentirão o dia que vem
Lhes puxar pelas mãos
E cantando em uníssono
vão mudar o ritmo da rotação!
As mães seguem parindo
Um irmão, uma melodia, o vinho e o pão...
Os pais deixarão o orgulho de lado
E também vão parir
Um sorriso, um amigo, um verso,
qualquer coisa distante do chão!
Meninos, meninas, pais, mães, irmãos...
Vai todo mundo se sentir como notas,
Unidas na melodia
Da mesma canção!
Açucar e Sal
Eu sigo uma lógica pouco convencional
Pra distinguir o bem do mal,
O açucar do sal!
O mal sabe disfarçar,
Pra distinguir o bem do mal,
O açucar do sal!
O mal sabe disfarçar,
Se escondendo pra cativar!
O bem se mostra sem perceber,
Sem nada pra dizer!
É que é tão exato
Quanto oposto pode parecer.
O que se faz para construir
É transparente
E de repente desmorona,
Quando negra nuvem passa
Sobre nossos quintais!
Acontece o que merece,
A chuva vem limpar, chorar,
Poupar o sol de aparecer.
E num segundo muda tudo!
Claro, o vento leva e traz
Palavras vagas, mentiras...
A maldade o vento leva,
A saudade o tempo traz!
O bem se mostra sem perceber,
Sem nada pra dizer!
É que é tão exato
Quanto oposto pode parecer.
O que se faz para construir
É transparente
E de repente desmorona,
Quando negra nuvem passa
Sobre nossos quintais!
Acontece o que merece,
A chuva vem limpar, chorar,
Poupar o sol de aparecer.
E num segundo muda tudo!
Claro, o vento leva e traz
Palavras vagas, mentiras...
A maldade o vento leva,
A saudade o tempo traz!
domingo, 11 de dezembro de 2011
Por que eu insisto sempre nas mesmas ideias mortas que só valem pra mim e não movem mais nada? São ideias fixas que levam parte do meu tempo, da minha juventude. Pra que sonhar em ter o que eu quero, lutando contra todas as evidências contrárias, todas tão óbvias, na minha cara? São fatos!
Eu não deveria acreditar que a minha intuição poder derrubar mil teorias concretas, empedradas... Tenho certeza de que estou errada no que eu acredito, que no fundo eu nunca consigo. Não! As pessoas tentam me convencer do que é lógico, mas elas não entendem que romper com Freud, religião e seguir só a minha intuição é mais do que uma crença no obscuro, na falta de razão. Isso é um vício que puxa a gente do chão.
Não é fácil acreditar tanto assim no impossível. Querer voar mais longe, pode fazer chegar a algum lugar, mas torna inevitável a frustração. Querer viver de ilusão é perigoso, destroi. É necessário muita energia pra tentar tirar algum leite da pedra.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Eis que chega a hora da partida! As malas sendo feitas aos poucos, para melhor selecionar os objetos que vão. Os laços sendo desfeitos, os nós recebem mais atenção. É preciso calma! Tudo deve ser dito minuciosamente para evitar qualquer mal entendido sem volta. Não há volta.
Porque quando a gente decide seguir, não se deve tentar conter, porque o contrário dos passos é a prisão. É nesse momento que um homem se sente poderoso, dono de si. É nesse momento de partida, decisão e solidão que se encontra a liberdade escondida. Porque os pássaros tem asas, mas só fazem voar.
É lindo seguir em direção a um novo destino! Procurar por novas estradas pode ser perigoso, mas quem sabe aonde pode chegar?! A gente pode não saber onde vai dar, mas ainda sente a intuição pulsar. Às vezes tão abafada, a intuição merece atenção. São coisas tantas, sentimentos estranhos, entranhas...Tá tudo aqui dentro!
E assim, quando a gente menos imaginava, o que era tão desejado aconteceu! Porque os caminhos novos se cruzaram. E lá a gente parou um pouco, tomou goles e mais goles de água pura, sentiu uma brisa fresca. A gente só se olhou. Era ali! E era hora de parar.
Porque quando a gente decide seguir, não se deve tentar conter, porque o contrário dos passos é a prisão. É nesse momento que um homem se sente poderoso, dono de si. É nesse momento de partida, decisão e solidão que se encontra a liberdade escondida. Porque os pássaros tem asas, mas só fazem voar.
É lindo seguir em direção a um novo destino! Procurar por novas estradas pode ser perigoso, mas quem sabe aonde pode chegar?! A gente pode não saber onde vai dar, mas ainda sente a intuição pulsar. Às vezes tão abafada, a intuição merece atenção. São coisas tantas, sentimentos estranhos, entranhas...Tá tudo aqui dentro!
E assim, quando a gente menos imaginava, o que era tão desejado aconteceu! Porque os caminhos novos se cruzaram. E lá a gente parou um pouco, tomou goles e mais goles de água pura, sentiu uma brisa fresca. A gente só se olhou. Era ali! E era hora de parar.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Contra-Romantismo
Eu não quero mais saber
Dessa palhaçada!
Tanta gente vive bem,
Uma vida plena,
Sem gostar de ninguém!
Digo gostar dessa maneira doentia
Como os músicos, poetas e loucos
Acham que deve ser.
Cansei!
Cansei de Caetano
E sua lamúrias
Chorando por um falso amor,
Enquanto o mundo
Arregala os olhos de horror!
Agora eu quero saber dos animais.
Dos que estão em extinção!
Quero saber das florestas desmatadas,
Chamando a nossa atenção!
Raça estúpida!
Que nasceu pra amar.
Amor...
Sentimento tão vazio
Que evapora no ar!
Amor a dois
E um milhão, dois ou três
Se explodindo em guerras,
fome, desespero...
E ainda têm as florestas,
Abertas!
Gente lutando pra sobreviver,
E a gente aqui
Acha que é forte,
Porque tem amor no peito!
Gente fazendo a tecnologia avançar,
E a gente só sabe romantizar.
Não quero mais saber dessa gente!
Adeus Chico, Caetano, Cazuza!
Adeus Vinicius, bossa nova, MPB...
Não quero mais saber de você!
Dessa palhaçada!
Tanta gente vive bem,
Uma vida plena,
Sem gostar de ninguém!
Digo gostar dessa maneira doentia
Como os músicos, poetas e loucos
Acham que deve ser.
Cansei!
Cansei de Caetano
E sua lamúrias
Chorando por um falso amor,
Enquanto o mundo
Arregala os olhos de horror!
Agora eu quero saber dos animais.
Dos que estão em extinção!
Quero saber das florestas desmatadas,
Chamando a nossa atenção!
Raça estúpida!
Que nasceu pra amar.
Amor...
Sentimento tão vazio
Que evapora no ar!
Amor a dois
E um milhão, dois ou três
Se explodindo em guerras,
fome, desespero...
E ainda têm as florestas,
Abertas!
Gente lutando pra sobreviver,
E a gente aqui
Acha que é forte,
Porque tem amor no peito!
Gente fazendo a tecnologia avançar,
E a gente só sabe romantizar.
Não quero mais saber dessa gente!
Adeus Chico, Caetano, Cazuza!
Adeus Vinicius, bossa nova, MPB...
Não quero mais saber de você!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Ela
Eu já escrevi pra mãe, vizinho,
amigo, inimigo, padrinho...
Amores brutos, concretos,
dispersos, ainda não resolvidos!
Faltou falar dela,
que me acompanha
Todo dia quando acordo
Antes mesmo de dizer bom dia!
Não me deixa nem um segundo.
Quando penso em escrever
Ela me abraça e diz:
Pra que? Eu tô com você!
Se me arrumo pra ir pra escola
Ela diz: Não é mais hora!
Acho que ela morre de ciúmes
E quando eu pego o violão,ela vem:
Não tem razão!
O disco já tá na vitrola...
Se pego um livro pra ler,
Ela exclama:
Já tem muita informação nessa cachola!
Eu, submissa, deito na rede
E lá vem ela atrás.
Minha mulher,
A preguiça não me deixa em paz!
amigo, inimigo, padrinho...
Amores brutos, concretos,
dispersos, ainda não resolvidos!
Faltou falar dela,
que me acompanha
Todo dia quando acordo
Antes mesmo de dizer bom dia!
Não me deixa nem um segundo.
Quando penso em escrever
Ela me abraça e diz:
Pra que? Eu tô com você!
Se me arrumo pra ir pra escola
Ela diz: Não é mais hora!
Acho que ela morre de ciúmes
E quando eu pego o violão,ela vem:
Não tem razão!
O disco já tá na vitrola...
Se pego um livro pra ler,
Ela exclama:
Já tem muita informação nessa cachola!
Eu, submissa, deito na rede
E lá vem ela atrás.
Minha mulher,
A preguiça não me deixa em paz!
Mesquinha
Espero que as coisas
Que eu desejo pra você
Caibam em sua caixinha,
Tão pequenininha!
São coisas gigantes!
Elefantes rosas
Rosas, diamantes...
Arco-íris com todas as cores
E bordas douradas,
Mas na sua caixinha
Não cabe quase nada!
Eu lhe daria um monte,
Montanhas pra você subir
E me olhar lá de cima.
Mas a sua caixinha,
Realmente tão pequenininha,
Vai fazer transbordar,
O oceano que ia lhe dar!
Quem sabe se eu lhe desse um baú
Pra você me guardar
E tudo mais que eu quisesse dar,
A caixinha já não lhe servisse mais...
Mas você é tão pequenininha!
Que eu desejo pra você
Caibam em sua caixinha,
Tão pequenininha!
São coisas gigantes!
Elefantes rosas
Rosas, diamantes...
Arco-íris com todas as cores
E bordas douradas,
Mas na sua caixinha
Não cabe quase nada!
Eu lhe daria um monte,
Montanhas pra você subir
E me olhar lá de cima.
Mas a sua caixinha,
Realmente tão pequenininha,
Vai fazer transbordar,
O oceano que ia lhe dar!
Quem sabe se eu lhe desse um baú
Pra você me guardar
E tudo mais que eu quisesse dar,
A caixinha já não lhe servisse mais...
Mas você é tão pequenininha!
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