quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

De cara pro papel,
Sem nada a dizer,
Tento ascender qualquer luz
E nenhum pensamento me seduz.

Mas o vício se impõe!
Eu eu falo sobre o vazio,
Sobre a falta,
Sobre nada.

Dia sem sol,
Cama por fazer,
Livro pra ler,
Sonolência,
Tédio,
Demência.

Cenário sem vida,
Sem morte,
Sem tintas,
Sem cores.

Branco, cinza, preto,
Marrom.
Cadê meus amores?
Eu aqui,
Você, do lado de lá.
180 graus a nos separar.

Consegui sentir,enfim!
É uma dor no peito.
Deve ser o desejo,
Que eu não posso realizar.

Previ o que vinha,
O que tinha
E nem sabia.
Não veio!

Agora sinto um negócio estranho.
O medo de perder o desejo,
Deixar de querer.
É que já entendi
Que não vou ter
Nem um pouquinho de você,
Assim, só pra ter certeza
Que não tem nada a ver.

Mas ainda tem outras coisas.
Tem todas as outras pessoas,
Paisagens, perfumes, bocas...
E eu só quero você!
Já me convenceram

Que não vai acontecer.

Mas é que é gente...
Gente muda,
Desiste, insiste!
E se...
Não, não vai dar.
E eu já entendi.

Desviei o assunto.
Era "o nada"...
A falta incomoda!
Agora eu descobri
Que inventei o amor
Do vazio que você me deixou.

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